HERA E ZEUS

JOHN DELVILLE

sábado, 16 de agosto de 2008

OSCAR WILDE

O artista é o criador de coisas belas.
Revelar a arte e ocultar o artista é a finalidade da arte.
O crítico é aquele que pode traduzir, de um modo diferente
por um novo processo, a sua impressão das coisas belas.
A mais elevada, como a mais baixa, das formas
de crítica é uma espécie de autobiografia.
Os que encontram significações feias em coisas belas
são corruptos sem serem encantadores.Isto é um defeito.
Os que encontram belas significações em coisas belas são cultos. Para estes, há esperança.
Existem os eleitos, para os quais as coisas belas significam unicamente beleza.
A vida moral do homem faz parte do tema para o artista,
mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito.
O artista nada deseja provar. Até as coisas verdadeiras podem ser provadas.
Nem um artista tem simpatias éticas. A simpatia ética
num artista constitui um maneirismo de estilo imperdoável.
O artista jamais é mórbido. O artista tudo pode exprimir.
Pensamento e linguagem são para o artista instrumentos de uma arte.
Vício e virtude são para o artista materiais para uma arte.
Do ponto de vista da forma, o modelo de todas as artes é a do músico.
Do ponto de vista do sentimento, é a profissão do ator.
Toda arte é ao mesmo tempo superfície e símbolo.
Os que buscam sob a superfície, fazem-no por seu próprio risco.
Na realidade a arte reflete o expectador e não a vida.
A divergência de opiniões sobre uma obra
de arte indica que a obra é nova, complexa e vital.
Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo.
Podemos perdoar a um homem por haver feito uma coisa útil, contanto
que não a admire.A única desculpa de haver feito
uma coisa inútil é admirá-la intensamente.
Toda arte é completamente inútil.



OSCAR WILDE

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