HERA E ZEUS

JOHN DELVILLE

quinta-feira, 10 de abril de 2008

ARTHUR RIMBAUD

O poeta se torna vidente por meio de uma longa, imensa e

refletida desordem de todos os sentidos. Todas as formas de

amor, de sofrimento, de loucura, ele procura por si mesmo,

extrai de si mesmo todos os venenos, para guardar deles

apenas a quinta-essência (...) Pois ele consegue atingir o

desconhecido. Porque ele cultivou sua alma, já rica, mais

do que qualquer outro! Que morra nesse seu ímpeto pelas

coisas extraordinárias e incomunicáveis: outros virão, eles

começarão pelos horizontes onde o poeta se aniquilou!

O poeta é, pois, verdadeiramente, um ladrão de fogo.



ARTHUR RIMBAUD

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