O poeta se torna vidente por meio de uma longa, imensa e
refletida desordem de todos os sentidos. Todas as formas de
amor, de sofrimento, de loucura, ele procura por si mesmo,
extrai de si mesmo todos os venenos, para guardar deles
apenas a quinta-essência (...) Pois ele consegue atingir o
desconhecido. Porque ele cultivou sua alma, já rica, mais
do que qualquer outro! Que morra nesse seu ímpeto pelas
coisas extraordinárias e incomunicáveis: outros virão, eles
começarão pelos horizontes onde o poeta se aniquilou!
O poeta é, pois, verdadeiramente, um ladrão de fogo.
ARTHUR RIMBAUD
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