HERA E ZEUS

JOHN DELVILLE

quinta-feira, 10 de abril de 2008

MARIO VARGAS LLOSA

Quando fechamos os olhos e pensamos nos Andes a distância,

a primeira imagem que costuma aflorar á mente é a de uma

paisagem desumanizada, de cordilheirs de picos eretos e

nevados, abismos vertiginosos e vastas solidões ns quais

às vezes plana um solitário condor. Contudo, o que confere

mais dramatismo é a potência esmagadora da paisagem

em contraste com a fragilidade do homem; este invisível

povoador da minúscula aldeia que, ao pé da cordilheira

gigantesca, habita em vivendas quase invisíveis, semelhantes

a flocos de neve caídos do alto. O contraste tem um grande

efeito de plasticidade; e é, também, a demonstração evidente

do indômito espírito que fez com que esse povo fincasse

raízes nos Andes. Viver em certas regiões andinas, apesar

dos avanços da modernidade, continua sendo um combate

cotidiano.


MARIO VARGAS LLOSA

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