“Eu quis escrever livros desde que me lembro de mim.
Antes de aprender a ler, quando me contavam história
- e em minha casa contavam-se muitas -, achei que aquele
deveria de ser o melhor dos brinquedos.
Era o jogo que eu queria jogar quando fosse adulta:
inventar gente (na minha invenção eram todos minúsculos,
eu é que mandaria neles) e brincar com palavras,
sua música vibrando em meu pensamento ou pronunciadas
em voz alta quando achava que ninguém podia ouvir.
- Está de novo falando sozinha, filha?
- Não, mãe, eu estava só cantando.”
(Lya Luft – in “Mar de Dentro”)
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