HERA E ZEUS

JOHN DELVILLE

quinta-feira, 17 de julho de 2008

FERNANDO PESSOA

Todos os movimentos da sensibilidade, por

agradáveis que sejam, são sempre interrupções

de um estado. Não só as grandes preocupações,

que nos distraem de nós, mas até as pequenas

alegrias, perturbam uma quietação a que todos,

sem saber, aspiramos.

Vivemos quase sempre fora de nós, e a mesma

vida é uma perpétua dispersão. Porém, é para

nós que tendemos, como um centro em torno do

qual fazemos, como os planetas, eclipses absurdas

e distantes.


(FERNANDO PESSOA)

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